As colas têm como objetivo principal a união de duas superfícies de forma permanente. No entanto, quantas vezes já colamos objetos e com o passar do tempo eles voltaram a se descolar? Isso acontece porque existe um tipo certo de cola para cada uso.
Encontramos no mercado uma infinidade de tipos de colas e saber qual a ideal é fundamental para um resultado eficiente e duradouro.
Para escolher a melhor cola é importante observar:
- A natureza química, forma física e acabamento das superfícies a serem unidas;
- O tipo de cola a ser usada: à base de solventes, à base de água, mastique, líquida, em filme, em pó, de um ou dois componentes.
- O método que a cola deverá ser aplicada: com pincel, trincha, rolo, spray, pistola extrusora, etc.
- As exigências do processo de colagem:
Viscosidade e temperatura de utilização do produto colante;
Dimensões e forma das superfícies a colar;
Duração do processo;
Doseamento (aplicação a uma ou a ambas as superfícies);
Tempo de colagem e pressão a exercer durante este processo;
Remoção do excesso de cola;
Tempo de cura (tempo de passagem do produto colante do estado pastoso ao sólido);
Frio;
Pressão;
Umidade;
Exposição ao calor e ação da água (quente e fria) e dos agentes químicos;
Corrosão.
Outras condições a se avaliar: custo, tempo de armazenagem, toxicidade, inflamabilidade, odor, cor, propriedades térmicas, eléctricas, químicas, etc, do produto a utilizar.
Observadas todas as variáveis o próximo passo é definir qual cola deverá ser usada. Relacionamos aqui as colas mais facilmente encontradas no mercado.
PVA (cola branca): seu uso é recomendado em materiais porosos como papel, cerâmica e madeira. É capaz de completar pequenos espaços que possam existir entre as peças, fácil limpeza e manuseio, não é tóxica, tem boa resistência e baixíssimo custo. Apesar disso, elas são solúveis em água (dificultando o seu uso em ambientes úmidos e áreas externas) e o seu tempo de cura é alto, precisando de prensas ou grampos durante esse período de secagem.
Cianoacrilato (super cola ou cola instantânea): alta velocidade e intensidade de colagem (seu tempo de cura varia de 5 a 10 segundos). Porém não possui nenhum tipo de elasticidade. Por isso, o seu uso não é recomendado em superfícies flexíveis ou em locais com variação muito grande de temperatura, com o risco e rachar e soltar as faces coladas. É recomendada para metais, cerâmicas, vidro, plástico e borracha. Não deve ser usado em fibras naturais, como algodão. O seu contato gera uma reação que emite muito calor e pode provocar queimaduras na pele.
Cola quente: é um polímero vendido na fase sólida que, quando aquecido pela resistência elétrica da pistola aplicadora se derrete e cola as duas superfícies. Sua secagem é rápida e é mais indicado para materiais porosos como madeira, plásticos, couro, borracha, cortiça, metal, etc. Não é tóxico e tem boa estabilidade.
Colas epóxi: composta por dois tubos: resina epóxi e catalisador. Para a aplicação essas duas substâncias precisam ser misturadas na proporção correta. Tem como vantagem o fato de ser muito forte e resistente a água e ácido, sua viscosidade permite o preenchimento de superfícies no ato da colagem (se apresentarem irregularidade) e são considerados termofixos por não se decompor com o aumento de temperatura. São ideais para reparos em metais, cerâmicas, plásticos e borrachas. Não recomendado para superfícies flexíveis.
Contato (cola de sapateiro): é uma cola a base de borracha, que permanece flexível após secar. É recomendada para reparos em papel, couro, tecido, borracha e alguns plásticos. Seu tempo de secagem é razoavelmente alto e possui substâncias tóxicas (por isso deve ser utilizada em ambientes abertos).
Silicone: é um adesivo extremamente resistente à água e temperaturas muito elevadas ou baixas e permanece flexível mesmo após a secagem. É indicado para uso em madeiras, borracha, tecidos, plásticos, cerâmica e até em vidros e metais. Assim como a cola anterior o seu tempo de secagem é razoavelmente longo.
Celulósica: consistem num derivado de celulose e apresentam-se sob a forma de pó. Ideal para pequenos trabalhos de construção ou reparação de materiais, como vidro, papel, pele, tecido, determinados plásticos, cerâmica, etc. A sua secagem rápida permite a fixação das superfícies úmidas em curto intervalo de tempo, embora não proporcione à colagem uma forte coesão.
Poliuretano: é uma substância de cor âmbar que forma uma liga muito semelhante às colas epóxi. Quando seca , é altamente resistente e permanece com flexibilidade.
Porém, como o seu tempo de cura é alto, é necessário usar um grampo para firmar as superfícies durante o período de secagem. É recomendado em madeira, metal, cerâmica, vidro, maioria dos plásticos e fibra de vidro, além de couro, tecido, borracha e vinil.
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