Sabe aqueles vazios em estruturas? Eles não são preenchidos com concreto, mas sim com graute. Esse material tem consistência fluída e dispensa o adensamento por vibração. É feito geralmente com cimento, areia, pedras miúdas e aditivos, que ajudam a controlar a quantidade de água na mistura.
Ele é utilizado para ‘encamisar’, reforçar e recuperar estruturas. “Também pode ser utilizado para preencher colunas de alvenaria estrutural, fixar equipamentos e ancorar e chumbar tirantes”, destaca Arnaldo Forti Battagin, gerente dos laboratórios da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).
Tipos de graute
— Para uso geral
— Injetável
— Para reparo de pequenos vãos
— Para reparo / construção de grandes vãos
— Para concretagens submersas
— De rápida liberação para o reparo de pavimentos
— Para altas temperaturas
Composição
O graute pode ser à base de cimento ou orgânico. O primeiro é composto por cimento Portland combinado a adições minerais (materiais pozolânicos, sílica ativa, escoria de alto forno e filler calcário) e aditivos químicos, como superplastificantes e retentores de água. Ainda completam a mistura agregados miúdos de natureza calcária ou quartzosa. Já o segundo é feito com resinas compostas por epóxi, furanos, fenóis e poliéster combinados a endurecedores, como aminas e poliamidas.
Vantagens
O graute cimentício possui alto teor de cimento, que se sobressai à quantidade utilizada em argamassa ou concreto. Dessa forma, se consolida para aplicações mais gerais, conforme já citado.
Por outro lado, o orgânico é recomendado para aplicações que necessitam de alta resistência (mecânica e a ataques químicos) e capacidade para absorver vibrações. “Além disso, também pode ser usado no grauteamento de túneis, cabos de protensão e obras geotécnicas”, completa Battagin.
Comments